quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ABERTURA DA 6ª PRIMAVERA DOS MUSEUS NO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO - MUCANE

DISCURSO DE ABERTURA PRONUNCIADO PELO COORDENADOR DA AMUCANE NO DIA 24 DE SETEMBRO DE 2012

Salve tudo e salve todos!

É uma honra indescritível Estarmos aqui, mais uma vez, cumprindo o dever cívico de promover a evolução e a integração social entre os povos. E isto me faz refletir sobre a importância das transformações museais a partir da década de 1950, passando pela iluminada dedicação da Drª Maria Verônica da Paz, ao pensar o Museu Capixaba do Negro, culminando com o processo e as contribuições da comunidade do MUCANE para a evolução sociocultural de nossa sociedade até os dias de hoje.

Sabemos que as transformações culturais e políticas das décadas de 1950 e 1960 impulsionaram mudanças na área da museologia mundial e vários encontros foram promovidos pela Unesco, como a Reunião do Rio de Janeiro, no ano de 1958, e a Mesa Redonda de Santiago do Chile, em 1972. 

Nesta ocasião foi proposto, uma mutação nos museus, considerando que a resolução dos problemas sociais deve levar em conta a participação de toda a sociedade.

 O museu passou a ser uma instituição a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, desempenhando um papel na educação dos povos para a compreensão dos aspectos técnicos, econômicos e políticos dos problemas sociais, configurando-se como um instrumento dinâmico de mudança social.

Esta nova perspectiva, foi o êmbolo do surgimento de novas experiências museológicas, impulsionando um novo debate realizado no ano de 1984, em Quebec, com a realização de Ateliê Internacional de Ecomuseus – Nova Museologia

Anos antes, em 1979, Pierre Mayrand expressou a necessidade de que o museu fosse, ao mesmo tempo, um centro de interpretação e fornecedor de serviços culturais, modelo que só seria possível se a comunidade se apropriasse e tivesse o sentimento de pertencimento à sua identidade e seu patrimônio, desmistificando assim o antigo conceito de museu, definindo de forma coletiva o valor de sua cultura e história. Aqui se via a museologia comunitária como a principal, senão a única forma de nova museologia. 

O acervo material e imaterial já não poderia mais ser transformado em meros objetos passíveis de constituir coleções. Além disso, investigação e interpretação só seriam importantes se voltadas para questões de ordem social. Agora o objetivo da museologia deveria ser o desenvolvimento comunitário. 

Assim, o público passa de apreciador a colaborador e criador de um trabalho coletivo, onde a exposição deixa de ser objeto de contemplação. Se consolidava, então, a tipologia “Ecomuseu”, provando ser a mais viável aos museus de temática afro, como o Museu Capixaba do Negro.

Neste contexto, as atividades do Museu Capixaba do Negro configuram a instituição como um museu comunitário da diáspora africana, tendo em vista que a comunidade do Museu, população afro descendente do Estado do Espírito Santo, é a responsável pela instituição e seu território é o conjunto das tradições culturais e a história do povo negro capixaba, incluindo a própria luta desta comunidade em prol do Museu Capixaba do Negro, conforme registro em programas de emissoras de TV e outros, o que é de conhecimento de todos.

No MUCANE, as atividades emanam de todos os segmentos da comunidade, que se vê refletida sem precisar de intermediários.

 Assim, enquanto no museu de moldes eurocêntricos tradicional a preocupação é preservar bens que fazem sentido para um seleto grupo de "entendidos", a preocupação do Museu Capixaba do Negro sempre foi com o desenvolvimento sustentável focado no presente e no futuro da comunidade que o torna possível, foi assim que construímos o MUCANE ao longo dos 19 anos, não deixando de evidenciar que já na década de 80 e 90, bem antes de ser implementada a nova política Nacional de Museus(PNM). Este “embrião” já vigorava nos pilares museológicos do projeto original do MUCANE construído pela Dra. Maria Verônica da paz, uma mulher a frente de seu tempo.


Finalmente, ao longo de nossa história, através do fazer museal de 3 gerações, conseguimos, de forma natural, construir o MUCANE e consolidá-lo como um instrumento de desenvolvimento comunitário. Esta vocação já era conhecida da Museologia Mundial muito antes do MUCANE ser criado. 

Na Mesa Redonda de Santiago do Chile, em 1972, este formato que imprimimos ao MUCANE fora patenteado de forma “sui generis” em consonância com o surgimento do conceito de museu integral, o museu desempenhando um papel na educação da sociedade para a compreensão dos aspectos técnicos, sociais, econômicos e políticos, a fim de que a mesma seja capaz de solucionar os problemas do meio rural e urbano. 

Este modelo se consolidou de forma natural no MUCANE porque nenhum de nós tínhamos ainda conhecimento do conteúdo dos avanços da Mesa Redonda de Santiago e, por muitas vezes, fomos questionados e desacreditados, como agora, através da última agressão do Poder Público municipal aqui de Vitória-ES, que pretendia formatar um “novo” antiquado museu em suas desqualificadas formas escravagistas de governar, na realidade o furor dos representantes do município contra a comunidade mantenedora do MUCANE , desde que a justiça concedeu liminar para que as atividades do Museu Capixaba do negro fossem mantidas, sobrepôs a razoabilidade, o que já era de se esperar.(infelizmente)

Infelizmente porque, a única política que os atuais representantes da Prefeitura Municipal de Vitória têm feito neste sentido é a de se apropriar de todos os bens produzidos pela comunidade negra, como o Museu do Negro, o que caracteriza, no mínimo, roubo de propriedade intelectual.

A tipologia de função social à qual o MUCANE vem há 19 anos praticando junto com a comunidade é a mais adequada aos museus que tratam da cultura negra, e hoje faz parte da Política Nacional de Museus, onde muitos museus estão se esforçando para chegar, o que para nós é uma honra, e aqui estamos, abrindo juntamente com vocês a 6ª Primavera dos Museus, uns dos eventos mais dignificantes da museologia brasileira.

Mas devemos também lembrar que os maiores museus do negro do mundo são comunitários. Como exemplo, temos o Museu Nacional do Níger, os museus do Mali, República dos Camarões, Panamá e outros.

Nos Estados Unidos, os negros criaram uma das maiores referências em ecomuseus no mundo: o Anacostia Neighborhood Museum, em Washington que tem vínculo direto com o Museum Capixaba do Negro. No Brasil temos, além do MUCANE, o Museu do Negro 13 de Maio, no Rio Grande do Sul e o Museu da Maré, no Rio de Janeiro, entre outros. Por esta razão, são constantes os cursos e oficinas ministrados pelo IBRAM para capacitar os Gestores públicos dentro das diretrizes da Nova Política Nacional de Museus.

O Anacostia Neighborhood Museum, por exemplo, não se organiza em torno de uma coleção. Só faz exposições de temas que sejam do interesse real da comunidade negra, sejam eles a diáspora africana ou simplesmente a culinária local. Para um Museu como o MUCANE, é essencial que seus bens culturais sejam vivos e estejam ao alcance de todos. Caso contrário, se são colocados atrás de uma redoma, acabam por "morrer" e perdem o sentido de ser. Isto se torna ainda mais evidente em se tratando da cultura de matriz africana.

A comunidade do Museu Capixaba do Negro sempre cumpriu seu papel social desde a fundação do Museu. Por outro lado, a Prefeitura Municipal de Vitória, agora que tem a concessão do prédio, insiste em ignorar esta realidade, razão pela qual seus representantes ainda tratam com tamanho descaso esta comunidade, ferindo diretamente, através das mais diferentes formas de humilhações, a dignidade de todos nós que aqui estamos,praticando o dever cívico de manter as portas do MUCANE abertas ao público, esta é a razão impar de hoje estarmos organizados em Associação dos Amigos do Museu Capixaba do Negro.

A comunidade negra, mesmo tendo poucos recursos financeiros à sua disposição, movida pela esperança de dias melhores, manteve o Museu do Negro com muito orgulho de ser o que é. Mas é vergonhoso o tratamento de exclusão dos quais a mesma tem sido vitimizada pelos representantes da Prefeitura. Lamentamos pelo atraso e pelas marcas desse tratamento, sinônimo de desumanidade, que os atuais Gestores do Município de Vitória estão registrando na história do Estado do Espírito Santo.

o Um dos primeiros atos da administração pública Municipal quando teve concessão para a reforma de nosso prédio foi extinguir o funcionamento do MUCANE expulsando a comunidade que sempre o manteve vivo, diversas oficinas e cursos de inclusão sociocultural, oferecidos por professores e mestres do saber da cultura afro brasileira.

Ponto de referência para centenas de pessoas que se beneficiavam dos cursos ali oferecidos, dentre eles crianças, jovens e adolescentes afro descendentes,dentre outros cujo estudo de sua herança histórica lhes traria a autoestima necessária para se tornarem cidadãos bem sucedidos e que foram sumariamente discriminados por esta tirana ação do chefe do Executivo da Prefeitura de Vitória-ES, Sr. João Carlos Cozer. 

Além disso, desde o ano de 2010 as ações da municipalidade prejudicaram e impediram as pesquisas sobre a história e a cultura do povo negro, tanto por turistas como por pesquisadores universitários e, principalmente, pesquisas dos educadores sobre a Lei Federal Nº 10.639/03 que é uma das mais importantes atitudes do Governo Brasileiro no sentido de combater o racismo e promover a igualdade racial, onde o MUCANE tem sido o maior ponto de referência no Estado, haja vista o número de alunos e professores participantes das atividades educativas e culturais ao longo dos nossos 19 anos.
OFICINAS DE ARTES AGREDIDAS E EXCLUIDAS PELA PREFEITURA

Então, após duas décadas de batalha, enfrentando diversas dificuldades e discriminações, sem nenhuma remuneração, trabalhando enquanto benemérita da humanidade, esperava a população do Museu se ver reconhecida e protegida dentro de seu patrimônio e que a municipalidade, agora que tem a concessão do imóvel, pelo menos administrasse de forma a guarnecer por meios democráticos os avanços das manifestações culturais, sociais e intelectuais que ali já encontraram funcionando a todo vapor. 

No entanto, apesar do discurso moderno de inclusão sócio racial prometido pelo chefe do Executivo da Prefeitura de Vitória, as práticas se revelaram outras, quais foram atirar no "olho da rua", toda a comunidade mantenedora e beneficiária da história, da memória e do fazer museal do Museu Capixaba do Negro que necessitou de austera intervenção judicial a favor de nossos direitos constitucionais

Fica assim comprovado que, nesta batalha, para que a comunidade do Museu tenha seus direitos respeitados, o chicote e o ferro à brasa, instrumentos largamente usados para coagir os negros durante a escravidão, aqui nesta atual administração municipal apenas mudaram de nome e de forma.

Caros amigos, nos debates e embates para manter o Museu Capixaba do Negro em sua tipologia até os dias de hoje sempre estiveram presentes os ideais da liberdade, as aspirações de Zumbi. Foram eles que impulsionaram as vidas de abolicionistas como Castro Alves,  Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, André Rebouças,Rui Barbosa, Antônio Bento,Bento Luís Gama e de tantos outras pessoas, que se levantaram contra o pensamento escravocrata e racista na construção de um espaço digno para as manifestações culturais e resgate da identidade do povo de origem africana. Estamos no momento de desconstruir do imaginário a erva daninha do modelo neo colonial que, infelizmente, aqui no Município de Vitoria ultrapassou os séculos e persiste mais uma vez através deste ato irresponsável do Prefeito da Capital para com o Museu Capixaba do Negro. Os abolicionistas queriam mostrar à sociedade da época que os negros eram simplesmente seres humanos e a cor da pele era a única diferença. Queriam mudar a forma de pensar e agir das pessoas, queriam justiça.

Nós da AAMUCANE ansiamos que a função social do Museu Capixaba do Negro, conquistada e mantida após tantos anos de lutas pela comunidade e a serviço da mesma seja o símbolo da promoção, da diversidade cultural, da promoção e igualdade racial e consequentemente do fortalecimento da concórdia entre os povos e também lutamos por justiça.

Dou assim, a abertura as atividades da 6ª primavera dos museus, coordenadas e patenteadas pela comunidade capixaba, aqui mesmo, neste espaço provisório pois,o nosso prédio hoje abriga a nossa exclusão através da imposição e exposição desconectada da comunidade , comunidade esta que aqui está reunida na expressão legítima da função social característica ao MUSEU CAPIXABA DO NEGRO, pois em nossa sociedade contemporânea um museu só é possível se for um museu vivo, a serviço da sociedade e integrado a essa mesma sociedade que o mantém e o constrói.

Salve!

Washington Anjos dos Santos



Confira a programação da 6ª Primavera dos Museus no site http://www.museus.gov.br/

domingo, 29 de julho de 2012

MUCANE INSCRIÇÕES ABERTAS: AS OFICINAS TRADICIONAIS DE BREAK E RAP DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO A TODO VAPOR

 As oficinas legítimas do Museu Capixaba do Negro continua abertas a comunidade. Nas fotos abaixo as oficinas de Break oferecidas no dia 27 de julho 2012 para educandários capixabas com palestras de cidadania e consciência negra.
Estas e outras oficinas juntamente com seus professores são responsáveis pela interação do MUCANE COM A COMUNIDADE, ESCOLAS E PESQUISADORES  ininterruptamente por quase duas décadas e continuam abertas á população capixaba.

No entanto a história do senhor do engenho se  repete absurdamente aqui nesta confusa administração municipal.  O MUCANE hoje rebaixado aos moldes escravagistas sendo tratado como se fosse uma senzala do Prefeito da Capital Vitória ES, o senhor João Carlos Cozer  que manteve a comunidade da história e do fazer museal do Museu Capixaba do Negro do lado de fora do prédio reformado e arma
um teatro contratando exposições de mais de 200 mil reais e propositalmente ignora  os grupos culturais do Museu do Negro que continuam a sua própria sorte. 

Ao concluir as obras de reforma de nosso prédio, estamos aguardando o retorno de todos os grupos e  Oficinas legítimas do MUCANE que estavam funcionando a pleno vapor no prédio que estava caindo os pedaços, mas agora que o mesmo está reformado o Prefeito de Vitória tenta justificar as suas ações de APHARTEID na tentativa de anular e impedir  de dentro de nosso espaço legítimo,todas a manifestações culturais dos grupos e professores voluntários que mantiveram por todos estes anos a interação com a comunidade  a conquista  da reforma de nosso prédio .


RITMOS AFROS, TAMBORES, CONSCIÊNCIA NEGRA E CIDADANIA NAS OFICINAS DE MÚSICA E ARTE DO MUCANE, AO AR LIVRE EM VITÓRIA ESPÍRITO SANTO (Praça Costa Pereira)
AS OFICINAS E OS GRUPOS OFICIAIS DO MUCANE CONTINUAM INTERAGINDO COM A COMUNIDADE NA RUA GRACIANO NEVES, 191.
INFORMAÇÕES PELO TELEFONE 3019 5041 0U 9781 1863



OFICINAS AO AR LIVRE COM O PROFESSOR VOLUNTÁRIO  ABNAEL(camisa amarela)  ENSINANDO COM AMOR A ARTE DE NOSSA CULTURA PARA ALUNOS EM VISITA AO MUCANE ININTERRUPTAMENTE ANOS APÓS ANOS LIÇÃO DE CIDADANIA E INCLUSÃO SÓCIO RACIAL. 






Washington Anjos
Associação dos Amigos do MUCANE

quarta-feira, 18 de julho de 2012

CONHEÇA A VERDADEIRA HISTÓRIA DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO (MUCANE)

COMUNICADO A COMUNIDADE CAPIXABA

 Amigos as obras de reforma do prédio do Museu Capixaba do Negro foi inaugurada no último dia 5 de Julho mas ainda estamos atendendo a comunidade e aos alunos das oficinas e dos cursos oficiais do MUCANE na av. Graciano Neves 191 tel. 3019 5041 ou 9781 1863.

Por favor ajude-nos a compartilhar  e a divulgar esta informação pois muitas pessoas dentre elas integrantes e participantes das oficinas culturais do MUCANE e seus familiares  tem se dirigido nos últimos dias ao nosso prédio que foi reformado acreditando que já estivéssemos lá o que tem trazido bastante transtorno a todos nós.

Agradecemos a compreensão de todos.Esperamos para breve a possibilidade da normalização e o reestabelecimento de nossas  atividades.

 

 


quarta-feira, 4 de julho de 2012

REINAUGURAÇÃO DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO - MUCANE



REINAUGURAÇÃO DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO

CONVOCAÇÃO GERAL PARA A COMUNIDADE NEGRA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E DO BRASIL
A municipalidade de Vitória - ES, acaba de gastar R$ 225.767,10 (duzentos e vinte e cinco mil setecentos e sessenta e sete reais e dez centavos) em uma exposição de um branco francês para o dia da suposta reinauguração do Museu Capixaba do Negro. Agora a pergunta: se é MUSEU CAPIXABA DO NEGRO, como os representantes da Prefeitura de Vitória “reinauguram” o MUCANE contemplando um artista branco, Pierre Verger, que nem brasileiro é, e que já tem o seu espaço garantido, incluído na sociedade dominante e que se tornou famoso usando o povo negro e vendendo as imagens que na época soavam como exóticas e primitivas, como se os negros fossem animais expostos em alguma jaula de circo?

Fica a pergunta: R$ 225.767,10 não poderiam ser empregados para melhorar a vida das pessoas pobres e humildes, principalmente os afro descendentes, que são humilhados em suas condições sociais, quanto mais não seja, na saúde e na educação de nosso povo?

Portanto, a tal reinauguração do Museu, alardeada pela municipalidade de Vitória, não contempla o povo e esta festa trata-se de um capricho onde, certamente, mais uma vez, os negros serão usados para a promoção da imagem do “senhor bonzinho”, que até festa faz com o dinheiro do povo, para suas mais escusas promoções às vésperas do processo eleitoreiro.

É preciso que toda a população brasileira, em especial a capixaba saiba, de uma vez por todas, que aqueles cidadãos e cidadãs que mantiveram o Museu Capixaba do Negro dentro de um prédio caindo aos pedaços nos últimos 19 anos, sem nunca receber salário e cujo trabalho foi responsável pela verba Federal confiada à municipalidade de Vitória para que esta desse condições dignas de trabalho à comunidade do Museu, não foram sequer convidados para esta “festa”, que dirá, serem beneficiados de alguma forma pois, se depender da municipalidade, nem da porta do “novo Museu do Negro” passam.

Todos os negros  e negras do Brasil em especial  os capixabas estão convocados para o retorno ao Museu Capixaba do Negro, amanhã dia 5 de julho, a partir das 19:00h, pois o Museu é dos negros e negras. Nós é que temos que convidar ou não os representantes do Município, que tentam institucionalizar e humilhar os negros no dia da tal reinauguração de nosso patrimônio.

WASHINGTON ANJOS
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO
FONE: (27) 3019-5041/(27) 9781-1863, 9810-8579

Blog do Museu Capixaba do Negro atualizado


Olá Amigos!

Após o início da reforma do prédio do Museu Capixaba do Negro, foram muitas decepções e desafios vividos. A reforma do prédio do Museu, ainda que sonhada durante anos, trouxe muitos transtornos, entre eles a paralisação de nossas atividades por mais de seis meses. Mas, com o apoio de toda a comunidade do MUCANE, estamos, aos poucos, nos reerguendo. Afinal, como diria o grande Gilberto Gil: "a felicidade do negro é uma felicidade guerreira".

Esses e outros problemas acabaram por interromper o fluxo de nossas postagens. Porém, a partir desta semana, novos posts serão publicados, mantendo vocês informados de tudo o que está acontecendo no Museu Capixaba do Negro, que está mais vivo do que nunca.

Axé!

Mudança de telefone

Olá amigos!

Informamos que a partir de hoje estaremos atendendo em novos telefones. Anote aí:
Fone: (27) 3019-5041/(27) 9781-1863 e 9810-8579.

Axé!

terça-feira, 3 de julho de 2012

5 DE JULHO INAUGURAÇÃO DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO (MUCANE)?

MUSEU CAPIXABA DO NEGRO VÍTIMA DA INAUGURAÇÃO DE SEU PRÓPRIO PRÉDIO 
Fascismo e discriminação  do Prefeito de Vitória  Es  João  Carlos Cozer contra a comunidade mantenedora das atividades, história e 19 anos de memória de cultura negra. 

Fascismo
O fascismo italiano assumiu que a natureza do Estado é superior à soma dos indivíduos que o compõem e que eles existem para o Estado, em vez de o Estado existir para os servir. Todos os assuntos dos indivíduos são assuntos do Estado.

I – discriminação racial:
toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor,descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro
campo da vida pública ou privada.(Estatuto da Igualdade Racial)

Nesta foto de 13 de maio de 2010, o registro do momento constrangedor em que a comunidade de mãos dadas abraça o prédio do MUCANE logo após receber a notícia de que a municipalidade de Vitória estava obstinada a expulsar e colocar no meio da rua mais de 300 pessoas frequenrtadoras das oficinas do MUCANE e sem nenhuma responsabilidades ou compromisso com as manifestações culturais do Museu usando como engodo a reforma de nosso prédio.

Com o discurso de benfeitorias para o povo negro , os representantes do município de vitória, investiram furiosamente contra a comunidade mantenedora do MUCANE e contra toda história e memória de quase 2 décadas de existencia e resistencia do MUCANE,

E o despotismo é tanto que mesmo tendo sido concedida liminar para garantir as atividades do MUCANE e a favor da proteção e manutenção das atividades e os 19 anos de memória e história do Museu  Capixaba do  Negro o representante do Município Aplica agora o Golpe de inauguração das obras de reforma do prédio do Museu  sob o nome de INAUGURAÇÃO DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO.

COMO PODEM TER A IMORALIDADE DE INAUGURAR O MUSEU DO NEGRO SE O MESMO JÁ EXISTE HÁ 19 ANOS?

E QUE REINAUGURAÇÃO É ESTA COM A COMUNIDADE MANTENEDORA DA HISTÓRIA DOS 19 ANOS DO MUCANE PROTAGONISTA DA CONQUISTA DA REFORMA DE SEU IMÓVEL COLOCADA DO LADO DE FORA?

As ações dos representantes do município de Vitória Es só demonstram o preconceito que ainda encontra-se arraigado em nossa sociedade, expressos por meio de atitudes semelhantes às dos escravocratas da época da Abolição.
Apropriar e institucionalizar em seus moldes escravagistas o conteúdo cultural das manifestações do povo negro, na tentativa de se limparem no sangue honrado dos negros e negras é a mais usual forma de racismo institucional da pseuda democracia construída dentro do gabinete do chefe do executivo do município de vitória.

As ações, de moldes fascistas, da municipalidade desde quando assinou a ordem de serviço para a reforma do nosso prédio dão conta de que os representantes da Prefeitura não têm medido esforços em todas as direções de impedir que a comunidade negra organizada continue gerindo o MUCANE, pois, isto significaria revelar uma verdade desconfortável para a municipalidade:

A capacidade administrativa da comunidade na gestão do MUCANE durante os 19 anos em que o poder público esteve ausente e, mais ainda, os danos causados ao patrimônio público pela administração municipal ao tentar extinguir as atividades do MUCANE tão logo lhe fora concedida o termo de concessão do imóvel.

Reconhecer que pessoas simples, cidadãos negros e negras da sociedade civil organizada foram e são capazes de gerir o seu próprio espaço mesmo quando não existia recursos financeiros;
recursos estes que agora que o governo federal liberou para a reforma de nosso patrimônio é usado para agredir a dignidade dos negros e negras que voluntariamente cumpriram o dever cívico de manter o Museu do Negro funcionando por quase 2 décadas.
Se durante todos estes anos que se tem notícia da existência e do fazer sócio cultural do MUCANE o sucesso se deve a sua comunidade que hoje nem sequer é citada para não ofuscar o "brilho" maquiavélico e os interesses politiqueiros que sempre ofuscaram o brio de nosso povo .

Desta forma, os representantes do Município resguardam-se da ética e da moralidade de aprender com aqueles que mantiveram um modelo de gestão de inclusão e fortalecimento da comunidade afrodescendente no MUCANE, organizado com pessoas simples, atuando em prol de ações reparatórias, compensatórias e afirmativas que beneficiem o povo negro e consequentemente toda a sociedade.

a obra de APARTHEID DO PRÉDIO DO MUCANE VAI SER INAUGURADA SOB PROTESTO DO MOVIMENTO NEGRO DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA

Vergonhosamente está aí meu povo mais um capítulo do neo-colonialismo dos moldes racistas de governar do Chefe do executivo do Município de vitória e sua comitiva de algozes que estarão patenteando a imoralidade DE USAR O DINHEIRO E A MÁQUINA PÚBLICA PARA "APARECER" E SE PROMOVER EM CIMA DAS CONQUISTAS LEGÍTIMAS DO POVO NEGRO.

Washington Anjos
Associação dos Amigos do Museu Capixaba do Negro
Fone: (27) 3019-5041/(27) 9781-1863, 9810-8579

sexta-feira, 25 de maio de 2012

AS INSCRIÇÕES PARA OS CURSOS DE MÚSICA E ARTE DO MUCANE ESTÃO ABERTAS

Estão abertas as inscrições para os cursos de Violão   e guitarra,  cavaquinho e etc do Museu Capixaba do Negro  na rua Graciano Neves 191 centro de Vitória ES. Como tantos outros seja você também um membro de nossa comunidade, Amigo do MUCANE!
Participe das oficinas de música e Arte do Museu Capixaba do Negro (MUCANE)  nos cursos conforme especificados abaixo:

CURSOS DE CANTO, VIOLÃO E GUITARRA, 

CAVAQUINHO,

PERCUSSÃO AFRO BRASILEIRA, OFICINA DE TAMBOR

TECLADO, VIOLINO, ETNOMUSICOLOGIA AFRO BRASILEIRA, HARMONIA IMPROVISAÇÃO,

 DANÇA AFRO

CAPOEIRA,

 BREAK, 

GRAFITE, DJ,

 RAP,

FLAUTA, SAX, TROMBONE, TROMPETE,

 HARMONIA E IMPROVISAÇÃO PARA TODOS OS INSTRUMENTOS, 

CHORO E SAMBA, RITMOS AFRO BRASILEIROS NA MPB,

CAPACITAÇÃO PARA PROFESSORES E OFICINEIROS,

ARTESANATO, OFICINA DE BONECA DE PANO,

 DESENHO ARTÍSTICO E PINTURA EM TELA,

 CANTO CORAL, REGÊNCIA, 

PENTEADO AFRO,

 FORMAÇÃO DE BANDAS,

 OFICINA SOBRE RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS ETC.


AS OFICINAS E CURSOS FAZEM PARTE DO CALENDÁRIO ANUAL DE ATIVIDADES DE INTERAÇÃO DO MUSEU DO NEGRO E MARCAM O RETORNO DOS SERVIÇOS PRESTADOS À POPULAÇÃO CAPIXABA PELA COMUNIDADE MUSEU  CAPIXABA DO NEGRO.

 AS OFICINAS VÊM SENDO REALIZADAS HÁ VÁRIOS ANOS PELA EQUIPE DO PLANO MUSEOLÓGICO DO MUCANE E SUA ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS. FAZEM PARTE DA HISTÓRIA DOS 19 ANOS DE EXISTÊNCIA E RESISTÊNCIA DO MUSEU E É UMA DAS PRINCIPAIS MARCAS DE UM MUSEU A SERVIÇO DA COMUNIDADE, CONFORME VANGUARDA DA MUSEOLOGIA NACIONAL, ONDE A ARTE E CULTURA SÃO REVERTIDAS PARA A POPULAÇÃO, POR MEIO DE CURSOS, OFICINAS E EVENTOS DO GÊNERO.

É PRECISO QUE TODAS AS COMUNIDADES MUSEOLÓGICAS DO BRASIL E A POPULAÇÃO EM GERAL SAIBA QUE  APESAR DAS INVESTIDAS RACISTAS EMPREENDIDAS PELOS   REPRESENTANTES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA CONTRA AS ATIVIDADES E A MEMÓRIA DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO (MUCANE), O MUSEU CONTINUA FUNCIONANDO EM PLENO VAPOR,NA RUA GRACIANO NEVES 191 CENTRO DE VITÓRIA POR DECISÃO JUDICIAL, CONTRARIANDO A  "OBRA DE APARTHEID" IMPOSTA SOBRE  OS 19 ANOS DE NOSSA HISTÓRIA  PELO CHEFE DO EXECUTIVO DO MUNICÍPIO DA CAPITAL VITÓRIA .

AS INSCRIÇÕES ESTÃO SENDO FEITAS NA RUA GRACIANO NEVES, 191, CENTRO DE VITÓRIA, ONDE ESTAMOS FUNCIONANDO POR DETERMINAÇÃO jUDICIAL ATÉ A INAUGURAÇÃO DE NOSSO PRÉDIO DA AV. REPÚBLICA.OS CURSOS SÃO INSENTOS DE PAGAMENTO DE MENSALIDADES, MATERIAL DIDÁTICO POR CONTA DO ALUNO.TEL: 3222-4788 OU 9810-8579.
     

FORTE AXÉ
Washington Anjos
Associação dos Amigos do MUCANE
Fone: (27) 3019-5041/(27) 9781-1863, 9810-8579


segunda-feira, 14 de maio de 2012

13 de Maio 2012 ! Em seu aniversário de 19 anos do Museu capixaba do Negro, A comunidade Mantenedora denuncia e combate o racismo institucional do Município de Vitória-ES PARTE 1


13 DE MAIO - SEMANA DE DENUNCIA E COMBATE AO RACISMO NO MUSEU                            CAPIXABA DO NEGRO
            


O racismo institucional de 13 de maio a 13 de maio é nosso maior desafio. "O oficial dia 13 de maio" nos faz reafirmar que a abolição não se concretizou. 

Não há diferença desde 1888 até a data de hoje. O racismo continua agudo em nossa (?) sociedade e avança; agora dissimulado em novos discursos, por exemplo, a questão das Cotas para ingresso na universidade pública. O racismo menos evidente, aquele que passa despercebido aos olhos dos menos antenados, principalmente, não passam pelo crivo cor da pele, por exemplo, o termo "moreninho(a)", dentre outros, continuam a "pré conceitizar" o negro em pleno século XXI.

A estratégia mais comum da elite opressora das liberdades, em dias de avanço das leis que tornam o racismo um crime hediondo, é a de colocar negros contra negros! Esta tática de dividir para conquistar, como ficou conhecida até os dias atuais, foi usada largamente durante o período colonial e perdura até os dias de hoje, da globalização, da liberdade das comunicações e até mesmo por meio do advento internet que é privilegiada dentro do aparato público servindo a muitos artigos racistas on line blindados pelos gestores do dinheiro público. No entanto, a mesma internet, a medida que chega á comunidade quilombola e a outros setores do movimento negro da sociedade civil organizada ajuda e torna-se um importante instrumento no combate ao racismo e a discriminação racial. 

Contudo, é comum observar perfis agressivos contra a igualdade racial, a liberdade; por exemplo, quando se critica a questão das cotas, sem observar a história.
O negro , sequestrado em áfrica foi "introduzido" no seio do Brasil colonial a força, acorrentados e empilhados em navios fétidos, enquanto que outras raças, de pele branca, aqui chegaram como "pequenos colonos", a grande maioria incluídos na sociedade branca dominante, e com apoio  financeiro suficiente  para usufruir  dos frutos  econômicos produzidos e adubados pelo sangue dos negro e negras durante e após a escravidão.

O negro " sob a égide de escravo liberto" foi induzido a disputar com outros negros o pão que o diabo amassou. Nesse caso o "inferno" é composto das elites dominantes que impõem significados de "certo ou errado", "feio e bonito", tudo de acordo com seus padrões eurocêntricos enraizados no modelo  escravagista  sócio-racial responsável pela  estrutura da pirâmide sócio-econômica brasileira.

Sendo o poder público brasileiro formado por essa elite branca dominante, o negro passou a ter  algum "espaço" porém, em pequenos sub cargos de "vitrine", onde alguns negros são induzidos a se sujeitarem a políticas que os remetem ao neo-colonialismo. Nessas políticas, a saga heroica da comunidade negra da sociedade civil organizada é combatida por meio de setores da administração pública que têm em suas estruturas negros e negras propositalmente "inseridos" na cultura da " estrutura branca opressora". Podemos traduzir estes, como meros capitães do mato em pleno século XXI? Não! Apenas reles recrutas-zero desconhecedores da história, ignorantes da cultura escravagista, negros historicamente "vendidos ao Racismo pela necessidade de sobrevivência", ou simplesmente vítimas da raiz do pensamento escravagista que, aqui no estado do Espírito Santo, atravessou os séculos, insistindo mais uma vez nos grilhões invisíveis, mas palpáveis, entre os administradores públicos, em destaque os do município de Vitória-ES. 

A municipalidade de Vitória-ES alega não existir racismo em seus moldes "APARTHEID"  de governar e têm usado como faixada a reforma do prédio do Museu Capixaba do Negro (MUCANE) .Pois, enquanto isso, sorrateiramente e sem que a população tome conhecimento, os gestores da Prefeitura de Vitória  atentam contra os verdadeiros heróis, negros e negras afrodescendentes, aqueles que implantaram todas as atividades do Museu Capixaba do Negro e que hoje só temos voz porque a Sentença judicial garantiu os direitos dos professores e cidadãos que promoveram a reforma do Prédio do Museu através de 19 anos de interação com a comunidade nas atividades ali oferecidas pela comunidade negra sem nenhum apoio da municipalidade.

O Prefeito de Vitória-ES, agora que o prédio do Museu do Negro está reformado com verbas federais, reedita para si estas mesmas atividades que nos pertencem,  no intento de se promover como "pai dos pretos", deixando do lado de fora os verdadeiros heróis e heroinas que durante 19 anos manteram o Museu do Negro funcionando. Está aí a pouca vergonha de um governo criminoso!

Atitudes como essa são as mesmas usadas, por exemplo, por aqueles que são contra as cotas raciais sob o argumento de igualdade para todos, sem ao menos se importar com a equidade do contexto, ou seja: o que importa mesmo é ser contra as cotas para negros, pois nessa sociedade moderna, apesar dos atos explícitos de discriminação racial e étnica serem publicamente condenados e proibidos por lei, não podemos negar, que existe uma mudança nas formas de expressão e no conteúdo do preconceito, o que reafirma a manutenção da discriminação, haja vista a saga do Museu Capixaba do Negro.
Como já é de conhecimento de todos o que importa mesmo para os representantes do Município de Vitória, é eliminar toda e qualquer ação que comprove que a comunidade negra é a responsável não só do funcionamento do Museu durante 19 anos mas também pela gestão e administração do mesmo conforme reza a Política Nacional de Museus .

O Museu Capixaba  do Negro tem em seu Plano Museológico o compromisso de revelar e combater todas as formas de racismo, principalmente as menos evidentes, pois são as mais difundidas. Portanto, desde a 10ª Semana Nacional de Museus (14 a 20 de maio), iniciamos esta vigília cultural no MUCANE para expor e tornar pública à comunidade brasileira, em especial a capixaba, os moldes racistas que o mesmo tem sido vítima em seus 19 anos de existência e que infelizmente, são praticadas por gestores públicos. Como exemplo temos a discriminação racial que a comunidade do MUCANE vem sendo vítima através do governo João Carlos Coser e de seus "capatazes" que como se não bastasse, se arvoram responsáveis pelo controle das ações da comunidade mantenedora do Museu do Negro, obrigando, agora que o nosso prédio está reformado, a brigar na Justiça pelos nossos direitos fundamentais para impedir que o gestor do Município  assassine a memória e a cultura e a história  dos 19 anos de Museu Capixaba do Negro. 

As atitudes do chefe do executivo do Município, a Capital Vitória, têm sido igual aos escravocratas do passado não tem medido esforços para empreender contra o MUCANE e sua comunidade, idêntico ao branco que escraviza para "civilizar", e que "de cara" apropria-se dos bens materiais e imateriais do povo sob o argumento de que os negros precisam de um "senhor" que os proteja, por supostamente não estarem aptos para fazerem a gestão de seu patrimônio e sua própria historia de luta e de resistência ou, pior ainda, usar negros e negras encabrestados em seus interesses despóticos. Essa teoria foi a que incentivou a partilha do Continente Africano pelo povo do Continente Europeu e que aqui em Vitória-ES coloca os negros da senzala, aqueles bem próximo do" senhor do engenho" contra as conquista legítimas da Comunidade Negra! ACORDA MEU POVO!!!

Washington Anjos
Associação dos Amigos do Museu Capixaba do Negro
Fone: (27) 3019-5041/(27) 9781-1863
O Museu Capixaba do Negro continua funcionando, por determinação judicial, na rua Graciano Neves, 191 prox. ao Calçadão da rua 7 de Setembro, Centro de Vitória enquanto durarem as obras de reforma de nosso prédio.



 O Museu capixaba do Negro,  Abre vigília cultural para denunciar e combater o racismo institucional dos Representantes do Município de Vitória-ES. Texto - 


            

O negro " sob a égide de escravo liberto" foi levado a disputar com outros negros o pão que o diabo amassou. Nesse caso o "inferno" é composto das elites dominantes que impõem significados de "certo ou errado", "feio e bonito", tudo de acordo com seus padrões eurocêntricos enraizados no modelo  escravagista  sócio-racial responsável pela  estrutura da pirâmide sócio-econômica brasileira.

Sendo o poder público historicamente formado por essa elite branca dominante, o negro passou a ter  algum "espaço" porém, para a grande maioria a "ascensão" significa estarem comprometidos  a pequenos sub cargos de "vitrine", onde são induzidos a se enquadrarem nas políticas que os remetem ao neo-colonialismo. Nessas políticas, a saga heroica da comunidade negra da sociedade civil organizada é combatida por meio de setores da administração pública que têm em suas estruturas negros e negras propositalmente "inseridos" na cultura da " estrutura branca opressora". Podemos traduzir estes, como meros capitães do mato em pleno século XXI? Não! Apenas reles recrutas-zero desconhecedores da história, ignorantes da cultura escravagista, negros historicamente "vendidos ao Racismo pela necessidade de sobrevivência", ou simplesmente vítimas da raiz do pensamento escravagista que, aqui no estado do Espírito Santo, atravessou os séculos, insistindo mais uma vez nos grilhões invisíveis, mas palpáveis, entre os administradores públicos, em destaque os do município de Vitória-ES. 

A municipalidade de Vitória-ES alega não existir racismo em seus moldes "APARTHEID"  de governar e têm usado como faixada a reforma do prédio do Museu Capixaba do Negro (MUCANE) .Pois, enquanto isso, sorateiramente e sem que a população tome conhecimento, os gestores da Prefeitura de Vitória  atentam contra os verdadeiros heróis, negros e negras afrodescendentes, aqueles que implantaram todas as atividades do Museu Capixaba do Negro e que hoje só temos voz porque a Sentença judicial garantiu os direitos dos professores e cidadãos que promoveram a reforma do Prédio do Museu através de 19 anos de interação com a comunidade nas atividades ali oferecidas pela comunidade negra sem nenhum apoio da municipalidade.

O Prefeito de Vitória-ES, agora que o prédio do Museu do Negro está reformado com verbas federais, reedita para si estas mesmas atividades que nos pertencem,  no intento de se promover como "pai dos pretos", deixando do lado de fora os verdadeiros heróis e heroinas que durante 19 anos manteram o Museu do Negro funcionando. Está aí a pouca vergonha de um governo criminoso!

Atitudes como essa são as mesmas usadas, por exemplo, por aqueles que são contra as cotas raciais sob o argumento de igualdade para todos, sem ao menos se importar com a equidade do contexto, ou seja: o que importa mesmo é ser contra as cotas para negros, pois nessa sociedade moderna, apesar dos atos explícitos de discriminação racial e étnica serem publicamente condenados e proibidos por lei, não podemos negar, que existe uma mudança nas formas de expressão e no conteúdo do preconceito, o que reafirma a manutenção da discriminação, haja vista a saga do Museu Capixaba do Negro.
Como já é de conhecimento de todos o que importa mesmo para os representantes do Município de Vitória, é eliminar toda e qualquer ação que comprove que a comunidade negra é a responsável não só do funcionamento do Museu durante 19 anos mas também pela gestão e administração do mesmo conforme reza a Política Nacional de Museus .

O Museu Capixaba  do Negro tem em seu Plano Museológico o compromisso de revelar e combater todas as formas de racismo, principalmente as menos evidentes, pois são as mais difundidas. Portanto, desde a 10ª Semana Nacional de Museus (14 a 20 de maio), iniciamos esta vigília cultural no MUCANE para expor e tornar pública à comunidade brasileira, em especial a capixaba, os moldes racistas que o mesmo tem sido vítima em seus 19 anos de existência e que infelizmente, são praticadas por gestores públicos. Como exemplo temos a discriminação racial que a comunidade do MUCANE vem sendo vítima através do governo João Carlos Coser e de seus "capatazes" que como se não bastasse, se arvoram responsáveis pelo controle das ações da comunidade mantenedora do Museu do Negro, obrigando, agora que o nosso prédio está reformado, a brigar na Justiça pelos nossos direitos fundamentais para impedir que o gestor do Município não assassine a memória e a cultura e a história dos 19 anos de Museu Capixaba do Negro. 

As atitudes do chefe do executivo do Município, a Capital Vitória, têm sido igual aos escravocratas do passado não tem medido esforços para empreender contra o MUCANE e sua comunidade, idêntico ao branco que escraviza para "civilizar", e que "de cara" apropria-se dos bens materiais e imateriais do povo sob o argumento de que os negros precisam de um "senhor" que os proteja, por supostamente não estarem aptos para fazerem a gestão de seu patrimônio e sua própria historia de luta e de resistência ou, pior ainda, usar negros e negras encabrestados em seus interesses despóticos. Essa teoria foi a que incentivou a partilha do Continente Africano pelo povo do Continente Europeu e que aqui em Vitória-ES coloca os negros da senzala, aqueles bem próximo do" senhor do engenho" contra as conquista legítimas da Comunidade Negra!

ACORDA MEU POVO! O racismo institucional de 13 de maio a 13 de maio é nosso maior desafio. Não há diferença desde 1888 até a data de hoje. O racismo continua agudo em nossa (?) sociedade e avança; agora dissimulado em novos discursos, por exemplo, a questão das Cotas para ingresso na universidade pública. O racismo menos evidente, aquele que passa despercebido aos olhos dos menos antenados, principalmente, não passam pelo crivo cor da pele, por exemplo, o termo "moreninho(a)", dentre outros, continuam a "pré conceitiizar" o negro em pleno século XXI.

A estratégia mais comum da elite opressora das liberdades, em dias de avanço das leis que tornam o racismo um crime hediondo, é a de colocar negros contra negros! Esta tática de dividir para conquistar, como ficou conhecida até os dias atuais, foi usada largamente durante o período colonial e perdura até os dias de hoje, da globalização, da liberdade das comunicações e até mesmo por meio do advento internet que é privilegiada dentro do aparato público servindo a muitos artigos racistas on line blindados pelos gestores do dinheiro público. No entanto, a mesma internet, a medida que chega á comunidade quilombola e a outros setores do movimento negro da sociedade civil organizada ajuda e torna-se um importante instrumento no combate ao racismo e a discriminação racial. 

Contudo, é comum observar perfis agressivos contra a igualdade racial, a liberdade; por exemplo, quando se critica a questão das cotas, sem observar a história.
O negro , sequestrado em áfrica foi "introduzido" no seio do Brasil colonial a força, acorrentados e empilhados em navios fétidos, enquanto que outras raças, de pele branca, aqui chegaram como "pequenos colonos", a grande maioria incluídos na sociedade branca dominante, e com apoio  financeiro suficiente  para usufruir  dos frutos  econômicos produzidos e adubados pelo sangue dos negro e negras durante e após a escravidão.


Washington Anjos
Associação dos Amigos do Museu Capixaba do Negro
Fone: (27) 3019-5041/(27) 9781-1863 e 9810 8579
O Museu Capixaba do Negro continua funcionando, por determinação judicial, na rua Graciano Neves, 191 prox. ao Calçadão da rua 7 de Setembro, Centro de Vitória enquanto durarem as obras de reforma de nosso prédio.



terça-feira, 17 de abril de 2012

ESTÃO ABERTAS AS OFICINAS E OS CURSOS DE VIOLÃO NO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO.
APESAR DAS INVESTIDAS RACISTAS EMPREENDIDAS PELOS   REPRESENTANTES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA CONTRA AS ATIVIDADES E A MEMÓRIA DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO,  CONFORME JÁ É DE CONHECIMENTO DE TODOS, O MUSEU CAPIXABA DO NEGRO (MUCANE) CONTINUA FUNCIONANDO EM PLENO VAPOR APESAR DA  OBRA DE "APARTHEID" IMPOSTA PELO PREFEITO JOÃO COZER .
O QUE A PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA INTITULA DE OBRA DE REFORMA E RESTAURAÇÃO DO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO, É NA VERDADE,  UM ENGODO MUITO USADO PELOS ESCRAVOCRATAS DO PASSADO PARA, ATRAVÉS DE SUPOSTAS BENFEITORIAS PARA O POVO NEGRO, SE APROPRIAREM DOS BENS MATERIAIS E IMATERIAIS  DOS NEGROS USANDO OS MESMOS PARA SUAS SÓRDIDAS PROMOÇÕES, ATITUDES IGUAIS A ESTAS DA MUNICIPALIDADE SÃO MUITO CONHECIDAS  NAS TEMÁTICAS RACISTAS COMO "MITO DA CORDIALIDADE RACIAL":
OU SEJA -"OS NEGROS PRECISAM DE UM SENHOR QUE LHES PROTEJAM, EM TROCA EXIGIREMOS DELES SUBSERVIENCIA E HUMIRDADE"-


PARABÉNS Á COMUNIDADE QUE SEMPRE TORNOU O MUSEU CAPIXABA DO NEGRO UM ESPAÇO LEGÍTIMO DE SUAS MANIFESTAÇÕES E INTERAÇÕES SÓCIO CULTURAIS SEM SE INTIMIDAR COM O MODELO NEO COLONIAL IMPOSTO A POPULAÇÃO AFRO DESCENDENTE PELO ATUAL CHEFE DO EXECUTIVO DA CAPITAL O SR. PREFEITO JOÃO COZER.
FORTE AXÉ
Washington Anjos
Fone: (27) 3019-5041/(27) 9781-1863
Durante a tumultuada reforma de seu prédio o museu do negro está funcionando na rua Graciano Neves 191(próximo a rua 7 que fica após a praça costa pereira.)