13 DE MAIO - SEMANA DE DENUNCIA E COMBATE AO RACISMO NO MUSEU CAPIXABA DO NEGRO
O racismo institucional de 13 de maio a 13 de maio é nosso maior desafio. "O oficial dia 13 de maio" nos faz reafirmar que a abolição não se concretizou.
Não há diferença desde 1888 até a data de hoje. O racismo continua agudo em nossa (?) sociedade e avança; agora dissimulado em novos discursos, por exemplo, a questão das Cotas para ingresso na universidade pública. O racismo menos evidente, aquele que passa despercebido aos olhos dos menos antenados, principalmente, não passam pelo crivo cor da pele, por exemplo, o termo "moreninho(a)", dentre outros, continuam a "pré conceitizar" o negro em pleno século XXI.
A estratégia mais comum da elite opressora das liberdades, em dias de avanço das leis que tornam o racismo um crime hediondo, é a de colocar negros contra negros! Esta tática de dividir para conquistar, como ficou conhecida até os dias atuais, foi usada largamente durante o período colonial e perdura até os dias de hoje, da globalização, da liberdade das comunicações e até mesmo por meio do advento internet que é privilegiada dentro do aparato público servindo a muitos artigos racistas on line blindados pelos gestores do dinheiro público. No entanto, a mesma internet, a medida que chega á comunidade quilombola e a outros setores do movimento negro da sociedade civil organizada ajuda e torna-se um importante instrumento no combate ao racismo e a discriminação racial.
Contudo, é comum observar perfis agressivos contra a igualdade racial, a liberdade; por exemplo, quando se critica a questão das cotas, sem observar a história.
O negro , sequestrado em áfrica foi "introduzido" no seio do Brasil colonial a força, acorrentados e empilhados em navios fétidos, enquanto que outras raças, de pele branca, aqui chegaram como "pequenos colonos", a grande maioria incluídos na sociedade branca dominante, e com apoio financeiro suficiente para usufruir dos frutos econômicos produzidos e adubados pelo sangue dos negro e negras durante e após a escravidão.
O negro " sob a égide de escravo liberto" foi induzido a disputar com outros negros o pão que o diabo amassou. Nesse caso o "inferno" é composto das elites dominantes que impõem significados de "certo ou errado", "feio e bonito", tudo de acordo com seus padrões eurocêntricos enraizados no modelo escravagista sócio-racial responsável pela estrutura da pirâmide sócio-econômica brasileira.
Sendo o poder público brasileiro formado por essa elite branca dominante, o negro passou a ter algum "espaço" porém, em pequenos sub cargos de "vitrine", onde alguns negros são induzidos a se sujeitarem a políticas que os remetem ao neo-colonialismo. Nessas políticas, a saga heroica da comunidade negra da sociedade civil organizada é combatida por meio de setores da administração pública que têm em suas estruturas negros e negras propositalmente "inseridos" na cultura da " estrutura branca opressora". Podemos traduzir estes, como meros capitães do mato em pleno século XXI? Não! Apenas reles recrutas-zero desconhecedores da história, ignorantes da cultura escravagista, negros historicamente "vendidos ao Racismo pela necessidade de sobrevivência", ou simplesmente vítimas da raiz do pensamento escravagista que, aqui no estado do Espírito Santo, atravessou os séculos, insistindo mais uma vez nos grilhões invisíveis, mas palpáveis, entre os administradores públicos, em destaque os do município de Vitória-ES.
A municipalidade de Vitória-ES alega não existir racismo em seus moldes "APARTHEID" de governar e têm usado como faixada a reforma do prédio do Museu Capixaba do Negro (MUCANE) .Pois, enquanto isso, sorrateiramente e sem que a população tome conhecimento, os gestores da Prefeitura de Vitória atentam contra os verdadeiros heróis, negros e negras afrodescendentes, aqueles que implantaram todas as atividades do Museu Capixaba do Negro e que hoje só temos voz porque a Sentença judicial garantiu os direitos dos professores e cidadãos que promoveram a reforma do Prédio do Museu através de 19 anos de interação com a comunidade nas atividades ali oferecidas pela comunidade negra sem nenhum apoio da municipalidade.
O Prefeito de Vitória-ES, agora que o prédio do Museu do Negro está reformado com verbas federais, reedita para si estas mesmas atividades que nos pertencem, no intento de se promover como "pai dos pretos", deixando do lado de fora os verdadeiros heróis e heroinas que durante 19 anos manteram o Museu do Negro funcionando. Está aí a pouca vergonha de um governo criminoso!
Atitudes como essa são as mesmas usadas, por exemplo, por aqueles que são contra as cotas raciais sob o argumento de igualdade para todos, sem ao menos se importar com a equidade do contexto, ou seja: o que importa mesmo é ser contra as cotas para negros, pois nessa sociedade moderna, apesar dos atos explícitos de discriminação racial e étnica serem publicamente condenados e proibidos por lei, não podemos negar, que existe uma mudança nas formas de expressão e no conteúdo do preconceito, o que reafirma a manutenção da discriminação, haja vista a saga do Museu Capixaba do Negro.
Como já é de conhecimento de todos o que importa mesmo para os representantes do Município de Vitória, é eliminar toda e qualquer ação que comprove que a comunidade negra é a responsável não só do funcionamento do Museu durante 19 anos mas também pela gestão e administração do mesmo conforme reza a Política Nacional de Museus .
O Museu Capixaba do Negro tem em seu Plano Museológico o compromisso de revelar e combater todas as formas de racismo, principalmente as menos evidentes, pois são as mais difundidas. Portanto, desde a 10ª Semana Nacional de Museus (14 a 20 de maio), iniciamos esta vigília cultural no MUCANE para expor e tornar pública à comunidade brasileira, em especial a capixaba, os moldes racistas que o mesmo tem sido vítima em seus 19 anos de existência e que infelizmente, são praticadas por gestores públicos. Como exemplo temos a discriminação racial que a comunidade do MUCANE vem sendo vítima através do governo João Carlos Coser e de seus "capatazes" que como se não bastasse, se arvoram responsáveis pelo controle das ações da comunidade mantenedora do Museu do Negro, obrigando, agora que o nosso prédio está reformado, a brigar na Justiça pelos nossos direitos fundamentais para impedir que o gestor do Município assassine a memória e a cultura e a história dos 19 anos de Museu Capixaba do Negro.
As atitudes do chefe do executivo do Município, a Capital Vitória, têm sido igual aos escravocratas do passado não tem medido esforços para empreender contra o MUCANE e sua comunidade, idêntico ao branco que escraviza para "civilizar", e que "de cara" apropria-se dos bens materiais e imateriais do povo sob o argumento de que os negros precisam de um "senhor" que os proteja, por supostamente não estarem aptos para fazerem a gestão de seu patrimônio e sua própria historia de luta e de resistência ou, pior ainda, usar negros e negras encabrestados em seus interesses despóticos. Essa teoria foi a que incentivou a partilha do Continente Africano pelo povo do Continente Europeu e que aqui em Vitória-ES coloca os negros da senzala, aqueles bem próximo do" senhor do engenho" contra as conquista legítimas da Comunidade Negra! ACORDA MEU POVO!!!
Washington Anjos
Associação dos Amigos do Museu Capixaba do Negro
Fone: (27) 3019-5041/(27) 9781-1863
O Museu Capixaba do Negro continua funcionando, por determinação judicial, na rua Graciano Neves, 191 prox. ao Calçadão da rua 7 de Setembro, Centro de Vitória enquanto durarem as obras de reforma de nosso prédio.
O negro " sob a égide de escravo liberto" foi levado a disputar com outros negros o pão que o diabo amassou. Nesse caso o "inferno" é composto das elites dominantes que impõem significados de "certo ou errado", "feio e bonito", tudo de acordo com seus padrões eurocêntricos enraizados no modelo escravagista sócio-racial responsável pela estrutura da pirâmide sócio-econômica brasileira.
Sendo o poder público historicamente formado por essa elite branca dominante, o negro passou a ter algum "espaço" porém, para a grande maioria a "ascensão" significa estarem comprometidos a pequenos sub cargos de "vitrine", onde são induzidos a se enquadrarem nas políticas que os remetem ao neo-colonialismo. Nessas políticas, a saga heroica da comunidade negra da sociedade civil organizada é combatida por meio de setores da administração pública que têm em suas estruturas negros e negras propositalmente "inseridos" na cultura da " estrutura branca opressora". Podemos traduzir estes, como meros capitães do mato em pleno século XXI? Não! Apenas reles recrutas-zero desconhecedores da história, ignorantes da cultura escravagista, negros historicamente "vendidos ao Racismo pela necessidade de sobrevivência", ou simplesmente vítimas da raiz do pensamento escravagista que, aqui no estado do Espírito Santo, atravessou os séculos, insistindo mais uma vez nos grilhões invisíveis, mas palpáveis, entre os administradores públicos, em destaque os do município de Vitória-ES.
A municipalidade de Vitória-ES alega não existir racismo em seus moldes "APARTHEID" de governar e têm usado como faixada a reforma do prédio do Museu Capixaba do Negro (MUCANE) .Pois, enquanto isso, sorateiramente e sem que a população tome conhecimento, os gestores da Prefeitura de Vitória atentam contra os verdadeiros heróis, negros e negras afrodescendentes, aqueles que implantaram todas as atividades do Museu Capixaba do Negro e que hoje só temos voz porque a Sentença judicial garantiu os direitos dos professores e cidadãos que promoveram a reforma do Prédio do Museu através de 19 anos de interação com a comunidade nas atividades ali oferecidas pela comunidade negra sem nenhum apoio da municipalidade.
O Prefeito de Vitória-ES, agora que o prédio do Museu do Negro está reformado com verbas federais, reedita para si estas mesmas atividades que nos pertencem, no intento de se promover como "pai dos pretos", deixando do lado de fora os verdadeiros heróis e heroinas que durante 19 anos manteram o Museu do Negro funcionando. Está aí a pouca vergonha de um governo criminoso!
Atitudes como essa são as mesmas usadas, por exemplo, por aqueles que são contra as cotas raciais sob o argumento de igualdade para todos, sem ao menos se importar com a equidade do contexto, ou seja: o que importa mesmo é ser contra as cotas para negros, pois nessa sociedade moderna, apesar dos atos explícitos de discriminação racial e étnica serem publicamente condenados e proibidos por lei, não podemos negar, que existe uma mudança nas formas de expressão e no conteúdo do preconceito, o que reafirma a manutenção da discriminação, haja vista a saga do Museu Capixaba do Negro.
Como já é de conhecimento de todos o que importa mesmo para os representantes do Município de Vitória, é eliminar toda e qualquer ação que comprove que a comunidade negra é a responsável não só do funcionamento do Museu durante 19 anos mas também pela gestão e administração do mesmo conforme reza a Política Nacional de Museus .
O Museu Capixaba do Negro tem em seu Plano Museológico o compromisso de revelar e combater todas as formas de racismo, principalmente as menos evidentes, pois são as mais difundidas. Portanto, desde a 10ª Semana Nacional de Museus (14 a 20 de maio), iniciamos esta vigília cultural no MUCANE para expor e tornar pública à comunidade brasileira, em especial a capixaba, os moldes racistas que o mesmo tem sido vítima em seus 19 anos de existência e que infelizmente, são praticadas por gestores públicos. Como exemplo temos a discriminação racial que a comunidade do MUCANE vem sendo vítima através do governo João Carlos Coser e de seus "capatazes" que como se não bastasse, se arvoram responsáveis pelo controle das ações da comunidade mantenedora do Museu do Negro, obrigando, agora que o nosso prédio está reformado, a brigar na Justiça pelos nossos direitos fundamentais para impedir que o gestor do Município não assassine a memória e a cultura e a história dos 19 anos de Museu Capixaba do Negro.
As atitudes do chefe do executivo do Município, a Capital Vitória, têm sido igual aos escravocratas do passado não tem medido esforços para empreender contra o MUCANE e sua comunidade, idêntico ao branco que escraviza para "civilizar", e que "de cara" apropria-se dos bens materiais e imateriais do povo sob o argumento de que os negros precisam de um "senhor" que os proteja, por supostamente não estarem aptos para fazerem a gestão de seu patrimônio e sua própria historia de luta e de resistência ou, pior ainda, usar negros e negras encabrestados em seus interesses despóticos. Essa teoria foi a que incentivou a partilha do Continente Africano pelo povo do Continente Europeu e que aqui em Vitória-ES coloca os negros da senzala, aqueles bem próximo do" senhor do engenho" contra as conquista legítimas da Comunidade Negra!
ACORDA MEU POVO! O racismo institucional de 13 de maio a 13 de maio é nosso maior desafio. Não há diferença desde 1888 até a data de hoje. O racismo continua agudo em nossa (?) sociedade e avança; agora dissimulado em novos discursos, por exemplo, a questão das Cotas para ingresso na universidade pública. O racismo menos evidente, aquele que passa despercebido aos olhos dos menos antenados, principalmente, não passam pelo crivo cor da pele, por exemplo, o termo "moreninho(a)", dentre outros, continuam a "pré conceitiizar" o negro em pleno século XXI.
A estratégia mais comum da elite opressora das liberdades, em dias de avanço das leis que tornam o racismo um crime hediondo, é a de colocar negros contra negros! Esta tática de dividir para conquistar, como ficou conhecida até os dias atuais, foi usada largamente durante o período colonial e perdura até os dias de hoje, da globalização, da liberdade das comunicações e até mesmo por meio do advento internet que é privilegiada dentro do aparato público servindo a muitos artigos racistas on line blindados pelos gestores do dinheiro público. No entanto, a mesma internet, a medida que chega á comunidade quilombola e a outros setores do movimento negro da sociedade civil organizada ajuda e torna-se um importante instrumento no combate ao racismo e a discriminação racial.
Contudo, é comum observar perfis agressivos contra a igualdade racial, a liberdade; por exemplo, quando se critica a questão das cotas, sem observar a história.
O negro , sequestrado em áfrica foi "introduzido" no seio do Brasil colonial a força, acorrentados e empilhados em navios fétidos, enquanto que outras raças, de pele branca, aqui chegaram como "pequenos colonos", a grande maioria incluídos na sociedade branca dominante, e com apoio financeiro suficiente para usufruir dos frutos econômicos produzidos e adubados pelo sangue dos negro e negras durante e após a escravidão.
Washington Anjos
Associação dos Amigos do Museu Capixaba do Negro
Fone: (27) 3019-5041/(27) 9781-1863 e 9810 8579
O Museu Capixaba do Negro continua funcionando, por determinação judicial, na rua Graciano Neves, 191 prox. ao Calçadão da rua 7 de Setembro, Centro de Vitória enquanto durarem as obras de reforma de nosso prédio.