segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Reportagens sobre o Museu do Negro

 

Ao longo de seus desesseis anos de resistência, o Museu Capixaba do Negro foi tema de várias matérias.

Confira a reportagem realizada pela TV Vitória:

 

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Canto dos Escravos

 

A dica de hoje é uma homenagem ao relançamento em CD da obra “O Canto dos Escravos”.

O disco foi lançado originalmente em 1982, dentro da série Memória Eldorado.

O Canto dos Escravos é uma coletânea de cantos de trabalho africanos dos negros benguelas. Os grupos étnicos africanos trazidos para o Brasil durante a escravidão se dividem em dois grupos maiores: os Bantos e os Sudaneses. Os Benguelas fazem parte do grupo étnico Banto, que se concentra na região que vai da República dos Camarões até a África do sul.

A coletânea é parte do trabalho do linguista Aires Filho. Ele recolheu uma série de cantos na região de Diamantina, em São João da Chapada, e as reuniu no livro "O Negro E O Garimpo Em Minas Gerais" (Editora José Olympio, 1943).

Os cantos são chamados “vissungos”. A palavra, de origem umbumtu significa “cântico”. A forma dos cantos do disco é responsorial e eles são entitulados “Canto I”, “Canto II”, e assim por diante. A parte instrumental é toda percussiva.

Outro grande destaque são os intérpretes: Clementina de Jesus, Tia Doca e Geraldo Filme. Clementina de Jesus realisou um trabalho importantíssimo para as tradições musicais afrodescendentes. Em sua carreira, ela gravou samba, jongo, cantos de trabalho e outros gêneros musicais de origem africana. Tia Doca fazia parte da Velha Guarda da Portela desde a década de 1970. Geraldo Filme é nome tradicional do samba paulista os cantos de trabalho negros estão presentes em sua tradição familiar e influenciaram significativamente sua formação musical.

domingo, 20 de setembro de 2009

Revendo seus conceitos – Parte I

 

As palestras e cursos oferecidos no Museu Capixaba do Negro são frequentados por pessoas de diferentes idades, raças, níveis sociais, religiões e graus de estudo. Mas, por mais estranho que possa parecer, todas fazem as mesmas perguntas.

Na verdade, estas perguntas fazem parte de uma série de conceitos sobre África e africanidades que são transmitidos o tempo todo de forma errada. Pode não parecer, mas eles acabam por influenciar negativamente a sua vida.

Por isso decidimos publicar uma série de postagens que procuram sanar as principais dúvidas e rever estes conceitos. Começamos com o continente africano, este ilustre desconhecido!

África Regiões Geográficas

A África é um continente primitivo?

Antes da lei 10.639/03, o continente africano era retratado nos livros escolares como o lugar de onde vieram os escravos. Ele nascia (e morria) durante as grandes navegações e o período de colonização. Mas, antes de mais nada, o que pode ser entendido por primitivo?

Se você der uma olhadinha em um bom dicionário (o pai dos inteligentes!) verá que a palavra, usada de modo correto, possui significados como "o primeiro", "antigo", "ancestral".

Bem, recentemente os cientistas descobriram que a vida nasceu na África. Então podemos dizer que o continente africano é o mais antigo. Se somos afrodescendentes, nossos ancestrais são africanos.

Mas o uso impróprio da palavra “primitivo” também pode significar "povos inferiores culturalmente", "povos atrasados". E é essa a definição erroneamente aplicada ao continente africano. Agora vamos aos fatos.

A África anterior à colonização

Antes da chegada dos colonizadores, o continente africano possuía uma complexa organização política dividida em reinos, impérios e sociedades tribais. Um dos mais famosos impérios foi o egípcio. Lá se desenvolveram diversas áreas da ciência, como a matemática e a medicina. Isso sem falar na arquitetura, representada pelas pirâmides, cuja verdadeira engenharia não foi revelada até hoje.

by Brooklyn Museum by Brooklyn Museum

Mas haviam outros impérios como o Mali e reinos poderosos como o Kongo (diferente do país Congo). As cidades-estado contavam com ruas pavimentadas, comércio e até universidades.

Arte e ciência

No campo das artes, podemos encontrar diversas expressões, como a decoração das antigas construções egípcias, arte em diferentes metais, as famosas máscaras africanas e muito mais.

Ao contrário do que se pensa, a arte africana não é primitiva. É complexa. O próprio Picasso a usou como inspiração para dar início ao seu inconfundível estilo conhecido como cubismo.

Os africanos seqüestrados na África e trazidos para as américas não foram explorados apenas fisicamente. Poucos citam ou sequer sabem que houve a exploração intelectual dos africanos.

Muitos sabiam ler e escrever em árabe, como os Malês. Dominavam ciências como a matemática e a astronomia. Haviam negros especialistas em praticamente todas as áreas do conhecimento humano. Dominavam as artes européias também. Você sabia que os primeiros músicos e professores de música erudita européia não ligados diretamente à Igreja no Brasil eram negros?

Bom, acho que por hora é só. Afinal, quando falamos de uma cultura tão rica, sempre esquecemos de alguma coisa. Por isso, não deixe de comentar! Dê a sua sugestão para que possamos melhorar ainda mais.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quilombo

 

Hoje vamos falar sobre um dos filmes mais importantes sobre os negros no Brasil: “Quilombo”.

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Lançado em 1984, o filme se passa no século XVII e conta a história do Quilombo dos Palmares, retratando os reinados de Ganga Zumba (Tony Tornado) e Zumbi dos Palmares (Antônio Pompeo). A direção fica por conta do renomado cineasta Cacá Diegues. Outros grandes atores negros interpretaram papéis inesquecíveis como Babá, vivido por Grande Otelo, e Dandara, interpretada por Zezé Motta, além das participações de Camila e Antônio Pitanga e Milton Gonçalves.

“Quilombo” é o filme que todos os brasileiros deveriam assistir. Ele fala do Quilombo dos Palmares, um país negro que se manteve livre  por mais de um século dentro de um regime escravocrata. Mas fala também de outros aspectos da cultura de origem africana que se mantém vivos até os dias atuais: as lutas e conquistas do povo negro representadas pelos quilombolas, a força da mulher negra na figura da eterna Dandara e a herança de nossos ancestrais simbolizada pela figura de Babá, palavra de origem iorubá que significa “pai”.

O filme ainda conta com a trilha sonora composta por Gilberto Gil, que a fez especialmente para o filme em parceria com o poeta Waly Salomão. Infelizmente, o disco “quilombo” só foi lançado integralmente no exterior. A versão brasileira é um compacto, sob a alegação de que “haviam músicas instrumentais em demasia”. Sei.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Nossa História - Parte III

Olá amigos! 

Mais páginas de nossa história.

Um Caloroso Axé!

 

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Museu Capixaba do Negro: Cultura, Arte e Música